Em acordo com os textos acima e com conhecimentos acerca da filosofia pré-socrática
UNIOESTE 2021 - QUESTÃO 15
Nietzsche redescobriu os pré-socráticos. Numa nova visão que, na esteira do romantismo, ele nos deu do mundo grego, aqueles pensadores avultaram, ao lado dos poetas trágicos, com dimensões que absolutamente não cabiam no quadro tradicional de um desenvolvimento filosófico culminante em Aristóteles, nem mesmo no perspectivismo histórico mais amplo, traçado pelo hegelianismo recente. Libertados desses esquemas, eles são invocados por Nietzsche em sua polêmica contra a cultura da época, cujas raízes ele procura seguir até o racionalismo socrático e platônico, e mostrados em sua solidariedade profunda com a espiritualidade agonística do mundo grego, um mundo inteiramente deformado pelas lentes de nossa visão tradicional, cristã e racionalista.
SOUZA, J.C. “Para ler os fragmentos pré-socráticos”.
In: Os pensadores – Pré-Socráticos. São Paulo: Abril Cultural, 1978.
A música, com efeito, é o melhor exemplo do que queriam dizer os pitagóricos. A música, como tal, só existe em nossos nervos e nosso cérebro; fora de nós ou em si mesma (…), compõem-se somente de relações numéricas quanto ao ritmo, se se trata de sua quantidade, e quanto à tonalidade, se se trata de sua qualidade, conforme se considere o elemento harmônico ou o rítmico. No mesmo sentido, poder-se-ia exprimir o ser do universo, do qual a música é, pelo menos em certo sentido, a imagem, exclusivamente com o auxílio de números.
NIETZSCHE, F. “Os Pitagóricos”. In: Os Pensadores –
Pré-socráticos. São Paulo: Abril Cultural, 1978.
Em acordo com os textos acima e com conhecimentos acerca da filosofia pré-socrática, é INCORRETO localizar entre os ensinamentos dos pitagóricos.
a) A descoberta de que há um fundamento matemático em fenômenos como a consonância, calcada na estrutura física do som.
b) A extensão da concepção matemática do mundo a temáticas como a da apreciação e da beleza artística.
c) A redução da compreensão dos movimentos celestes a relações matemáticas, a chamada “música das esferas”.
d) A instauração de caminho iniciático racional para que, mediante aprimoramento intelectual, a alma se torne semelhante ao cosmo.
e) O reconhecimento da dicotomia entre natureza e divindade, que instaura os domínios irreconciliáveis da causalidade física e da vontade.
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GABARITO:
e) O reconhecimento da dicotomia entre natureza e divindade, que instaura os domínios irreconciliáveis da causalidade física e da vontade.
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