No Brasil, a existência de trabalhadores vivendo em condições análogas à escravidão não é novidade
UNIOESTE 2021 - QUESTÃO 11
Leia a fonte a seguir.
Uma mulher negra de 46 anos foi resgatada da casa de uma família em Patos de Minas (MG) pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), após recebimento de denúncia que dizia que a vítima vivia em condições análogas à escravidão. (...) Segundo a denúncia, Madalena Gordiano realizava serviços domésticos na residência, sem receber salário e sem direito de descanso. De acordo com essas informações, ela dependia financeiramente da família e não podia deixar a casa.
Durante a fiscalização após a qual a vítima foi resgatada, o MPT-MG flagrou “situação de graves violações de direitos humanos”, segundo nota do órgão. A defesa da família alegou que a divulgação do caso antes do processo legal viola direitos e segurança dos moradores. Ao MPT, o dono da casa afirmou que Madalena fazia parte da família. O auditor fiscal Humberto Camasmie, que acompanhou o caso, afirmou [...] que Madalena vivia em um quarto pequeno, com menos de seis metros quadrados, abafado, sem ventilação e sem janela.
“Ela não tinha registro em carteira, salário-mínimo garantido, férias, descanso semanal remunerado”, disse. A doméstica afirmou a TV Globo que arrumava, cozinhava e lavava o banheiro. Segundo a reportagem, Madalena trabalhou desde os oito anos na casa da família Milagres Rigueira.
Mulher negra é resgatada em casa de família em MG em condições análogas à escravidão. Folha de São Paulo, 21 dez. 2020. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/12/mulher-negra-e-resgatada-em-casa-de-familia-em-mg-em-condicoes-analogas-a-escravidao.shtml
No Brasil, a existência de trabalhadores vivendo em condições análogas à escravidão não é novidade, sendo possível encontrar notícias dessa prática, como a destacada acima, em diferentes mídias, situações e contextos.
Outra característica muito presente nessas histórias é a de que, geralmente, as pessoas que são submetidas a essa condição são negras.
Tais traços nos remetem ao passado, ao momento em que o Brasil era uma nação escravocrata, em que o principal contingente de trabalhadores brasileiros era formado por homens e mulheres escravizados.
Diante disso, é CORRETO afirmar.
a) Embora a escravidão tenha sido juridicamente extinta em 1888, referências a ela e às experiências de trabalho em condições análogas à escravidão continuam fazendo parte da vida cotidiana e da realidade de muitos brasileiros até os dias de hoje.
b) Não há nenhuma relação entre a permanência de situações como a vivida por Madalena Gordiano e o passado escravocrata brasileiro.
c) Inexiste qualquer tipo de vínculo entre o modo como aconteceu o processo de extinção do trabalho escravo no Brasil e a continuidade de práticas que, ainda nos dias de hoje, remetem ao período escravocrata.
d) O caso de Madalena Gordiano é isolado e não deve servir como referência para pensar o Brasil como um todo.
e) A sociedade brasileira já resolveu todos os problemas decorrentes de sua história escravocrata e, assim sendo, as gerações atuais não têm responsabilidade nenhuma sobre fatos que aconteceram no passado.
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GABARITO:
a) Embora a escravidão tenha sido juridicamente extinta em 1888, referências a ela e às experiências de trabalho em condições análogas à escravidão continuam fazendo parte da vida cotidiana e da realidade de muitos brasileiros até os dias de hoje.
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