Releia: “Alguns falavam: sai de perto, é mulher-bomba.” (5º parágrafo).
LEIA com atenção o texto I para responder às questões de 01 a 03.
TEXTO I
Afeganistão: o que aconteceu com 100 refugiados afegãos que Brasil recebeu há quase 20 anos
Após o início da Guerra do Afeganistão, o Brasil implementou um programa de reassentamento e trouxe várias famílias para Porto Alegre. Foi a única vez que diversos afegãos foram transferidos de uma só vez ao país.
Nabila (esquerda) estava no grupo de primeiros refugiados afegãos recebidos
pelo Brasil. Ela conta que foi difícil aprender português e que as pessoas
estranhavam as roupas tradicionais e o véu que usava na cabeça — Foto:
Arquivo pessoal/Via BBC
1. Nabila Khazizadah passou os três primeiros meses no Brasil, em 2002, chorando de saudade da família. Ela desembarcou em Porto Alegre aos 25 anos, com o marido e os dois filhos, alguns meses depois do início da Guerra do Afeganistão.
2. O pai, a mãe e os irmãos ficaram na Índia, país onde a família buscou refúgio primeiro, fugindo dos talibãs.
3. "Fiquei três meses fechada dentro de casa chorando, pensando no que eu faria longe da minha família. Depois eu pensei, isso não adianta, chorando dentro de casa, eu não vou conseguir fazer nada. Eu tenho que colocar a cara à tapa e aprender português", contou à BBC News Brasil.
4. "Saí pelo bairro falando com as vizinhas, tentando fazer amizades."
5. Nas ruas de Porto Alegre, as pessoas estranhavam o véu cobrindo inteiramente o cabelo. Às vezes, reagiam com hostilidade. "Não tinha afegãos lá naquela época, não tinha muçulmanos. As pessoas me viam com o hijab e saíam de perto, não queriam sentar ao meu lado no ônibus. Alguns falavam: sai de perto, é mulher-bomba."
6. Mas a afegã, hoje com 43 anos, conta que também encontrou acolhida, principalmente entre as vizinhas, que hoje são como irmãs para ela. "A gente pode construir família de afeto. Tenho pessoas maravilhosas ao meu redor, que me amam como irmã. São minha família".
7. Nabila faz parte do primeiro grupo de refugiados afegãos que o Brasil recebeu, há cerca de 20 anos, no início da Guerra do Afeganistão.
8. Na ocasião, o presidente Fernando Henrique Cardoso se comprometeu a incluir o Brasil no esforço internacional de acolhimento das pessoas que fugiam do Talibã e do conflito armado no país.
9. Numa medida inédita para o Brasil, o Ministério da Justiça firmou acordo com a Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), para reassentar cerca de 100 afegãos que estavam em campos de refugiados na Índia e no Paquistão.
10. Essas pessoas, que não falavam português e que tinham uma ideia muito remota do que era o Brasil, cruzariam o oceano em busca de uma vida nova.
11. Nabila conta que o marido fez um pedido ao governo indiano para ser reassentado em outro país, onde recebesse auxílio e tivesse mais oportunidades de trabalho. Meses depois, chegou a notícia de que o Brasil os receberia.
12. "A gente não sabia como era o Brasil, como é a língua e a cultura. Saímos com olhos fechados, no escuro, jogando na sorte. Tudo o que a gente queria era um futuro para nosso filho, mais calmo, mais saudável."
(...)
Disponível em: https://g1.globo.com
UNIFENAS 2022.1 - QUESTÃO 03
Releia: “Alguns falavam: sai de perto, é mulher-bomba.” (5º parágrafo).
A progressão temática de um texto pode ser estruturada por meio de diferentes recursos coesivos, incluindo a pontuação. Nesse trecho, a vírgula estabelece entre as duas orações uma ideia de
a) tempo, pois deve-se sair de perto quando for uma mulher-bomba.
b) concessão, pois, apesar de ser uma mulher-bomba, deve-se sair de perto.
c) consequência, pois o motivo de se sair de perto é ser uma mulher-bomba.
d) condição, pois deve-se sair de perto se for uma mulher-bomba.
e) explicação, pois deve-se sair de perto já que é uma mulher-bomba.
QUESTÃO ANTERIOR:
- Nabila conta que o marido fez um pedido ao governo indiano para ser reassentado em outro país, onde
GABARITO:
e) explicação, pois deve-se sair de perto já que é uma mulher-bomba.
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