A urgência dos refugiados ambientais e a necessidade de adaptação Com os já esperados efeitos da mudança do clima sobre o meio ambiente, a p...
A urgência dos refugiados ambientais e a necessidade de adaptação
Com os já esperados efeitos da mudança do clima sobre o meio ambiente, a população humana será negativamente impactada. Esses efeitos serão sentidos com maior intensidade nas áreas em que a capacidade de adaptação for menor, ou seja, nas regiões mais pobres do planeta. Tempestades, secas e outros desdobramentos das alterações climáticas já afetam a qualidade de vida em várias localidades, o que faz com que as migrações sejam a única escolha para os habitantes dessas áreas.
Quem são os refugiados ambientais?
O termo “refugiados ambientais” foi criado em 1985 pela ONU Meio Ambiente, referindo-se às “pessoas que foram forçadas a deixar seu habitat tradicional, temporária ou permanentemente, por causa de uma perturbação ambiental acentuada (natural e/ou desencadeada por pessoas) que comprometeu sua existência e/ou afetou seriamente a qualidade de vida.”
Os refugiados ambientais ainda não têm o direito de migrar reconhecido, ao contrário dos refugiados de guerra, pois essa condição não é abrangida pela Convenção relativa ao Estatuto dos Refugiados de 1951. Avanços são necessários nesse sentido, pois a falta de regulações internacionais colocam as populações de regiões pobres em situação de vulnerabilidade mediante eventos extremos do clima. A International Organization for Migration (IOM) vem atuando, desde 2007, para chamar atenção para a urgência do reconhecimento do direito dos refugiados ambientais. Em 2015, houve inclusão formal desses migrantes no Acordo de Paris, que criou uma força tarefa para discussão do tema entre os países signatários.
As migrações internas
As migrações ambientais não se traduzem somente em movimentos entre fronteiras, mas também em deslocamentos internos. E isso já é realidade no Nordeste do Brasil. Além de razões econômicas, estudo do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) aponta para a interferência das condições do clima nas migrações em direção ao Sudeste.
Como as populações podem se preparar para os efeitos das mudanças climáticas?Por meio dos avanços tecnológicos, aliados a um planejamento de médio e longo prazo, pode-se investir na resiliência de cidades e áreas rurais para amenizar as consequências das mudanças climáticas.
Nesse cenário, a análise de vulnerabilidade climática torna-se uma ferramenta essencial, pois permite prever os riscos a que uma região estará exposta, além de servir de base para traçar estratégias de adaptação às mudanças no clima.
No entanto, a capacidade de adaptação às mudanças climáticas se distribui de forma desigual ao redor do Planeta. Por isso, com a elevação da temperatura global, as migrações causadas pela mudança do clima serão um dos principais problemas de impacto mundial nos próximos anos. Como as populações mais pobres são as mais vulneráveis e com menor capacidade adaptativa, a mudança do clima tem potencial de aumentar ainda mais a crescente desigualdade global, como já demonstram alguns estudos recentes.
Adaptado de: https://blog.waycarbon.com/2019/06/a-urgencia-dos-
refugiados-ambientais-e-a-necessidade-de-adaptacao/. Acesso em:01 jun. 2022.
UNICESUMAR 2022.2 - QUESTÃO 31
Informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir sobre o título central do texto e assinale a alternativa com a sequência correta.
( ) No título, são expressos dois complementos nominais: o primeiro é regido pelo nome “urgência” e o segundo, por “necessidade”.
( ) Adaptação é um nome cuja regência pode pedir dois complementos (de uma pessoa aalgo); no entanto, apenas um desses complementos é demarcado por meio de zeugma no título da matéria, o outro, elíptico, fica subentendido.
( ) Por ser composto por uma frase nominal, o título da matéria está inadequado; além disso, apresenta um desvio devido à falta de pontuação em seu final.
( ) Por se tratar de um deverbal, “necessidade” apresenta um objeto indireto como complemento, regido pela preposição “de”.
(A) V – F – F – V.
(B) V – V – F – F.
(C) F – V – V – V.
(D) V – V – F – V.
(E) F – F – V – F.
QUESTÃO ANTERIOR:
GABARITO:
(B) V – V – F – F.
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