O romance “O cortiço”, de Aluísio de Azevedo, publicado pela primeira vez em 1890, apresenta o
UNITINS 2022.1 - QUESTÃO 41
O romance “O cortiço”, de Aluísio de Azevedo, publicado pela primeira vez em 1890, apresenta o contexto vivido pelos moradores de um cortiço, no Rio de Janeiro; enquanto “Quarto de despejo: diário de uma favelada”, de Carolina Maria de Jesus, publicado em 1960, retrata a vida em uma favela paulistana.
Apesar da diferença temporal, as duas obras são atemporais e estabelecem similaridade com fatos que acontecem na contemporaneidade.
Analise os excertos a seguir e assinale (1) para os que pertencem à obra “O cortiço” e (2) para os que fazem parte de “Quarto de despejo: diário de uma favelada”.
( ) “Quando passei perto da fábrica vi varios tomates. Ia pegar quando vi o gerente. Não aproximei porque ele não gosta que pega. Quando descarregam os caminhões os tomates caem no solo e quando os caminhões saem esmaga-os. Mas a humanidade é assim. Prefere vê estragar do que deixar seus semelhantes aproveitar. Quando ele afastou-se eu fui pegar uns tomates”.
( ) “Os papagaios pareciam também mais alegres com o domingo e lançavam das gaiolas frases inteiras, entre gargalhadas e assobios. À porta de diversos cômodos, trabalhadores descansavam, de calça limpa e camisa de meia lavada, assentados em cadeira, lendo e soletrando jornais ou livros; um declamava em voz alta versos de ‘Os Lusíadas’, com um empenho feroz, que o punha rouco”.
( ) “... O céu é belo, digno de contemplar porque as nuvens vagueiam e formam paisagens deslumbrantes. As brisas suaves perpassam conduzindo os perfumes das flores. E o astro rei sempre pontual para despontar-se e recluir-se. As aves percorrem o espaço demonstrando contentamento. A noite surge as estrelas cintilantes para adornar o céu. Há várias coisas belas no mundo que não é possível descrever-se”.
( ) “- Antigamente eram os pretos que criava os brancos. Hoje São os brancos que criam os pretos. A senhora disse que cria a menina desde os 9 meses E a negrinha dorme com ela e que lhe chama de mãe. [...]. Todas as manhãs eu canto. Sou como as aves, que cantam apenas ao amanhecer. De manhã estou sempre alegre. A primeira coisa que faço é abrir a janela e contemplar o espaço”.
( ) “— Aquela mulher que entrou junto será casada com ele?
— É de crer. — Ela me parece gente das ilhas. — Eles o que têm é muito bons trastes de seu! interveio a Leocádia. Uma cama que deve ser um regalo e um toucador com um espelho maior do que aquela peneira! — E a cômoda, você viu, Nhá Leocádia? perguntou Florinda, gritando para ser ouvida, porque entre ela e a outra estavam a Bruxa e a velha Marciana.
— Vi, Rico traste! — E o oratório, então? Muito bonito!...
— Vi também. É obra de capricho. Não! eles sejam lá quem for, são gente arranjada... Isso não se lhes pode negar! — Se são bons ou maus só com o tempo se saberá!... arriscou Dona Isabel”.
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua00021a.pdf,10/11/ 2021.
JESUS. Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma favelada. São Paulo: Ática, 2014.
Marque a assertiva que apresenta a sequência correta, de cima para baixo, conforme análise dos trechos
A) 2, 2, 2, 1 e 1.
B) 2, 1, 2, 2 e 1.
C) 1, 2, 2, 1 e 2.
D) 2, 1, 1, 1 e 2.
E) 1, 1, 2, 2 e 2.
QUESTÃO ANTERIOR:
GABARITO:
B) 2, 1, 2, 2 e 1.
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