Nem sempre manifestações populares visam construir e/ou manter valores democráticos. Em diversos momentos
UCPEL 2022 - QUESTÃO 24
(Manifestações de 7 de setembro de 2021. Imagem retirada do site de G1:
https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/09/07/manifestantes-fazem-at
os-a-favor-de-bolsonaro-no-7-de-setembro.ghtml. Acesso em 06/11/2021)
(Marcha da Família com Deus e pela Liberdade. Imagem retirada
do site da revista História Viva: http://juarezribeiroa.blogspot.com/
2017/07/marcha-da-familia-com-deus-pela.html. Acesso em 06/11/2021)
Nem sempre manifestações populares visam construir e/ou manter valores democráticos. Em diversos momentos, milhares de pessoas saíram às ruas para legitimar regimes autoritários ou para clamar por líderes e soluções que atentam contra a dignidade humana.
Apesar da base dos direitos humanos contemporâneos ter sido estabelecida há mais de duzentos anos, seja pelos ideais iluministas ou pelas revoluções burguesas que derrubaram o Antigo Regime, ainda hoje grupos se estruturam para lutar por soluções violentas e simplistas aos dilemas naturais que brotam do convívio entre interesses diversos que compõem o coletivo humano.
Se em 2021 o grito dos intolerantes não foi capaz de desestruturar a frágil democracia brasileira, em 1964 a Marcha da Família com Deus e pela Liberdade conseguiu transmitir aos líderes golpistas o apoio civil necessário para legitimar a tomada forçada do poder e destituição do Presidente João Goulart.
Sobre a Marcha da Família com Deus e pela Liberdade é possível afirmar, de forma correta, que:
a) em resposta à Marcha da Família com Deus e pela Liberdade, o Presidente João Goulart fez o Comício da Central do Brasil no qual, para contrapor a força conservadora da marcha, acabou por radicalizar o discurso defendendo a “reforma agrária na lei ou na marra”, que uniu em torno da solução armada os grupos conservadores ainda indecisos de apoiar as forças armadas.
b) por seu tom abertamente conservador, em especial na defesa da família tradicional como a única aceitável, a marcha não teve, entre suas principais lideranças, mulheres. A marcha, assim como a posterior derrubada da democracia pelo golpe civil-militar, foi marcada pela ausência de substancial parcela da sociedade brasileira.
c) alguns dos estados mais ricos economicamente, como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, tiveram em seus governadores lideranças dispostas a defender a legalidade, combatendo a marcha e, posteriormente, pagando por essa posição com cassações de mandatos e suspensão de direitos políticos.
d) usando o combate ao comunismo e a defesa dos valores tradicionais cristãos da sociedade brasileira como bases de união, a marcha defendia a tomada do poder pelas forças armadas como a solução contra as reformas de base e contra um alegado viés esquerdista do governo de João Goulart.
e) a marcha foi facilitada por João Goulart estar na China, negociando uma política de aproximação econômica com Mao-Tse-Tung, o que serviu para uma ampla propaganda que associava o Presidente ao comunismo internacional.
QUESTÃO ANTERIOR:
GABARITO:
d) usando o combate ao comunismo e a defesa dos valores tradicionais cristãos da sociedade brasileira como bases de união, a marcha defendia a tomada do poder pelas forças armadas como a solução contra as reformas de base e contra um alegado viés esquerdista do governo de João Goulart.
RESOLUÇÃO:
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