No primeiro parágrafo do Texto I, a função que o segundo período exerce em relação ao primeiro é de
Texto I
A feminização da medicina no Brasil
O mundo assiste à progressiva diminuição nas diferenças de gênero, com a remoção de barreiras que impedem as mulheres de ter o mesmo acesso que os homens à educação, às oportunidades de trabalho e aos benefícios sociais. No Brasil, em paralelo à crescente predominância feminina na população, registram-se o crescimento da escolaridade feminina e a maior presença das mulheres nos diversos setores da atividade econômica.
Essas mudanças das últimas décadas também se refletem na presença cada vez maior de mulheres na medicina brasileira. Tal transformação poderá constituir-se em elemento estruturante da evolução da profissão, com consequências nas práticas médicas e na qualidade da sua assistência. O crescimento da participação feminina na profissão fica evidente na evolução do número de mulheres que entram no mercado de trabalho.
Segundo pesquisas, os homens predominam nas especialidades cirúrgicas e naquelas que atendem urgências, como a ortopedia. A ideia de que há necessidade de mais força e resistência física, maior disponibilidade de tempo, assim como compatibilização entre as práticas profissionais e a vida familiar são os principais motivos que afastam as mulheres de determinadas especialidades. Nesse sentido, a opção das médicas brasileiras tem sido pelas especialidades básicas, como pediatria e ginecologia/obstetrícia.
Na perspectiva bioética, mulheres e homens podem divergir na maneira de perceber problemas no exercício profissional da medicina. A “ética do cuidado”, relacionada à atuação das mulheres, e a “ética da justiça”, à dos homens, permitem uma reflexão bioética que considere a oposição entre valores humanos e afetivos, supostamente mais “femininos”, e valores científicos e racionais, que seriam mais “masculinos”.
Portanto, essa diversidade revela que a feminização da medicina requererá novas análises bioéticas que possam contribuir para a compreensão da dimensão dinâmica do fenômeno.
SCHEFFER, M.C.; CASSENOTE, A.J.F. Revista Bioética, v. 21, n. 2,
2013. Disponível em: <https://revistabioetica.cfm.org.br>. Acesso em: 13
ago. 2021. Adaptado.
FMP 2022 - QUESTÃO 02
No primeiro parágrafo do Texto I, a função que o segundo período exerce em relação ao primeiro é de
(A) indução
(B) gradação
(C) contestação
(D) especificação
(E) generalização
QUESTÃO ANTERIOR:
GABARITO:
(D) especificação
RESOLUÇÃO:
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