Que figuras deviam ser agora exaltadas enquanto heróis nacionais angolanos? Além dos guerrilheiros da luta
ENADE 2017 - QUESTÃO 21
Que figuras deviam ser agora exaltadas enquanto heróis nacionais angolanos? Além dos guerrilheiros da luta pela Independência, todos aqueles que a história colonial registrara como africanos opositores aos portugueses. Assim se compreende o motivo pelo qual, depois da Independência, a estátua de Salvador Correia foi apeada e guardada na Fortaleza de São Miguel, à semelhança de todas as outras estátuas que remetiam a alguma relação com o colonialismo português. Compreende-se igualmente por que é que os edifícios e as ruas da cidade que evocavam o nome do “Restaurador” e o feito da “Restauração” receberam então nomes de figuras que o discurso colonial português elegera como “maus selvagens”, insubmissos.
PINTO, A. A estátua de Salvador Correia de Sá em Luanda. África, Revista do Centro de
Estudos Africanos, USP, São Paulo, n. 29-30, 2008, 2009 e 2010, p. 124 (adaptado).
Considerando o texto apresentado e as imagens sobre o patrimônio histórico angolano, é correto afirmar que
A) a retirada das estátuas que homenageavam os antigos colonizadores portugueses das praças públicas em Luanda é uma medida arbitrária, que resulta em depredação do patrimônio histórico angolano.
B) a política patrimonial na Angola independente acabou promovendo espaços contruídos pelos colonizadores e seus significados já consagrados pelos usos e pela tradição da violência da escravidão e da colonização.
C) a alteração do local de exposição da estátua de Salvador Correia de Sá em Luanda, de uma praça para uma fortaleza, manteve a mesma perspectiva simbólica evocada pelo monumento com relação à celebração da herança colonial portuguesa.
D) o esforço em elaborar novos discursos identitários angolanos produziu uma intensa disputa de memória, apagando os marcos da colonização, substituídos pelos marcos da nacionalidade, em uma narrativa protagonizada pelos heróis da resistência.
E) as mudanças dos nomes de avenidas, edifícios e escolas, vinculados à língua do colonizador para nomes de lideranças da resistência ao colonialismo e à recuperação da memória da tradição local, integram o esforço do governo angolano em construir discursos independentes da retórica colonizadora.
QUESTÃO ANTERIOR:
GABARITO:
E) as mudanças dos nomes de avenidas, edifícios e escolas, vinculados à língua do colonizador para nomes de lideranças da resistência ao colonialismo e à recuperação da memória da tradição local, integram o esforço do governo angolano em construir discursos independentes da retórica colonizadora.
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